Por Jason
A desnecessária continuação do trash de ação de ficção "A fortaleza", com Christopher Lambert, saiu pela Tristar Sony Pictures sete anos depois do primeiro filme. O elenco traz, além do sempre péssimo Christopher Lambert, a "Jackie Brown", Pam Grier, ambos especialistas em filmes de quinta categoria e aqui não foi diferente, colocando mais uma bomba nos seus currículos invejáveis. A trama é a mesma porcaria de antes, com a diferença que aqui o cenário mudou e o roteiro segue pela avacalhação total, mais como uma comédia pastelão do que como um filme de ação e ficção com uma ideia interessante e que procure ter alguma dignidade.
John Brennick (Lambert) é capturado novamente pela Men-Tel e mandado para uma prisão de segurança máxima que funciona na órbita do planeta Terra, comandada por um sistema chamado Zed e por um tirano que pune os prisioneiros em solitárias expostas ao sol e lançando-os para o espaço sem traje espacial para morrerem. A primeira tentativa de escapar fracassa e, após buscar aliados, também falha na segunda tentativa de escapar, usando um ônibus espacial tomado por russos traidores. John e os prisioneiros só conseguem escapar ao se usarem de uma nave de carregamento de gelo que chega periodicamente a estação prisional e assim voltar para a Terra onde vivia em paz com seu filho e sua esposa.
Como o que já é ruim sempre dá para piorar, os efeitos especiais, vítimas da pobreza do filme, são terríveis. Os cenários parecem reciclados e aparecem repetidamente para baratearem os custos. Pam Grier não tem muito o que fazer a não ser protagonizar uma cena de vergonha alheia total quando a estação está em colapso e ela sai voando arrastada pela força do vácuo. Os diálogos são absurdos e coisas estúpidas acontecem o tempo todo: num determinado momento, expurgado da estação espacial, John prende a respiração e consegue sobreviver ao espaço e a uma câmara de descompressão sem que seus pulmões explodam. Com síndrome de McGyver, ele e seu time de prisioneiros improvisam uma barata com uma câmera acoplada nas costas, controlam máquinas na estação a quais nunca foram familiarizados e fazem acrobacias para consertarem a estação sem sequer terem treinamento para isso.
De quebra, o filme ainda apela para nu masculino e feminino em cenas gratuitas - um dos planos é gravar sequências com gente pelada para passar no canal de vigilância da estação e assim deixar os guardas distraídos (!); e traz até uma personagem marombeira em participação ridícula (com direito a piadinha sobre sua sexualidade). A coisa é tão ruim e sem graça que o espectador torce para que tudo exploda e todos morram para que o martírio de uma hora e meia acabe. Para quem curte filme lixo, não há do que reclamar.
Cotação: 0/5