
Por Jason
Na trama de Cada um na sua casa, os Boovs são especialistas em fugir do perigo e, perseguidos pelos Gorgons, resolvem se esconder aqui na Terra e tirar os humanos de suas casas, liderados por um líder aloprado. OH, um Boov desastrado, acaba se batendo com Tip, uma menina que está procurando por sua mãe, sequestradas pelos Ets coloridos e deixada na Austrália junto com o resto da humanidade. Com uma mensagem para festejar sua chegada na Terra e sua nova vizinhança, o solitário e rejeitado OH acaba supostamente atraindo os Gorgons para a Terra e OH é caçado por todos os Boovs para pagar pelos erros. Junto com Tip, ele vai tentar consertar as coisas enquanto se envolve em todas as confusões possíveis, aprende mais sobre os humanos, e os próprios Gorgons e se torna corajoso e amigo da solitária menina.
Produzido pela DreamWorks Animation e distribuído pela 20th Century Fox (que assumiu o posto desde 2013, no lugar da Paramount), Cada um na sua casa teve custo de superprodução, acima dos 130 milhões de dólares, trazendo no elenco Jim Parsons, Rihana, Steve Martin e Jennifer Lopez, e, mesmo não sendo um total fracasso, não chegou a ser exatamente um sucesso comercial, com bilheteria pouco acima dos 350 milhões. Sem Shrek e Madagascar, franquias de grandes bilheterias mundiais (as três maiores bilheterias do estúdio pertencem ao ogro verde), a Dreamworks vem apostando em todo tipo de conteúdo e se sustentando em bilhetes premiados de novas franquias como Kung Fu Panda e Como treinar seu dragão, sucessos de crítica e de público.
Esse ano, tentou emplacar essa animação que, embora traga muito colorido e detalhes interessante - os Boovs se movem em bolhas e expressam suas emoções mudando de cor -, é simplista demais diante de outras produções do gênero. Embute reviravoltas que pouco ou nada ajudam a melhorar a trama, baseada no livro infantil The True Meaning of Smekday, de Adam Rex. O filme acerta na relação desenvolvida por Tip e OH, no ritmo e no tamanho - passa rápido e é curto - o que sustenta o filme até o final sem que percamos o interesse.
Alguns designs são interessantes e criativos, como o carro voador turbinado montado por OH para Tip que solta bolhas pelo cano da descarga e uma sequência envolvendo a torre Eiffel em Paris. As próprias criaturas, anãs, cheias de patinhas, atrapalhadas, cabeçudas e de olhos grandes que mudam de cor, foram projetadas para despertar encanto na criançada e vender quinquilharias. O problema é mesmo a falta de originalidade do roteiro e a parte cômica que não funciona. Deve agradar ao menos os pequenos.
Cotação: 2/5