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Tropas Estelares - Invasores de Marte - 2017

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Por Jason


O soldado Rico informa ao grupo que eles terão uma missão de destruir uma colônia de insetos de tamanho médio, mais de mil criaturas. Logo quando pousam, as criaturas atacam impiedosamente o grupo. Ao fim da operação fracassada é revelado que tudo não passou de uma simulação: Rico é agora um comandante que treina novos soldados contra os insetos e seu grupo está em Marte. 

O planeta Marte foi terraformado e 25 anos depois a população pode respirar ar puro. A população agora deseja ficar fora da Federação e se manter como planeta independente. Paralelo a isso, os insetos finalmente alcançam o planeta vermelho e a equipe, ainda destreinada, precisa fazer algo para impedir que as criaturas destruam o planeta. O desembarque é, obviamente, um desastre e na fuga, Rico se separa, mas ao se unir com seus militares novamente, seu grupo lutará por Marte contra as criaturas até o fim.

O filme original de 1997, de Paul Verhoeven - uma superprodução que fracassou nas bilheterias -, tinha tudo para dar origem a uma franquia de ação e ficção de sucesso. Personagens ruins, atores piores e um plot um tanto ordinário mataram a direção e os efeitos especiais espetaculares, transformando a produção em um filme dividido, que com o tempo ganhou o seu público e algum status. A estética do filme, porém, continuou sendo adotada nas continuações diretamente para vídeo e nas animações. Aqui não é diferente. 

Há um subtexto político não muito bem desenvolvido, que mostra uma cientista Amy Snapp, considerada a mais inteligente do mundo, que defende o uso da Bomba Q, uma bomba que destruirá as criaturas e o planeta e busca aprovação pra o seu plano usando a mídia a seu favor. Como o filme original também, ele satiriza conceitos de militarismo com exibições grandiosas de nacionalismo, bem como notícias que são intensamente fascistas, xenófobas e propagandísticas. As intromissões dos plantões jornalísticos e militares aparecem o tempo todo, como filmes propagandistas da Segunda Guerra Mundial que estimulavam a propagação do nazismo.

Personagens originais além do Rico retornam para participações (além de atores originais, como Casper Van Dien, o Rico, e Dina Meyer, em outro papel). A produção é toda feita em computação gráfica, nos moldes do fracassado Final Fantasy e de produções de jogos para vídeo games de última geração. Personagens são descartáveis, coadjuvantes idiotas como o tenente trapalhão Baba passam dos limites do tolerável, mas a ação segura a atenção durante os pouco mais de oitenta minutos. Enquanto um reboot não vem (já anunciado pela Sony sob a responsabilidade de produtores de Velozes e Furiosos e roteiristas do recente fracasso Baywatch), o que resta a fazer é aceitar essas continuações que ninguém pediu.

Cotação: 1,5/5

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