Por Jason
Extinção abre com uma cena em que diversas pessoas são atacadas por zumbis dentro de um ônibus, durante uma operação de evacuação. Uma mulher e dois homens escapam com uma criança recém-nascida, não sem antes a mulher ser mordida. O filme avança então para nove anos mais tarde, quando o mundo parece coberto de gelo e a humanidade está praticamente erradicada da face da Terra. Essas três pessoas, Jack (Jeffrey Donovan, péssimo) Lu (Clara Lago) e Patrick (Matthew Fox) vivem em duas casas em Harmony, EUA, onde o tempo é constantemente congelante. A menina agora tem nove anos, está estudando com o pai e é proibida de sair, mesmo ele acreditando que as criaturas não sobreviveram ao frio.
O pai está neurótico, querendo viver ali pelo resto da vida, enquanto vive afastado e cheio de rancor por Patrick, agora seu vizinho, por algo que o filme demora a esclarecer. Depois de muitas desavenças, os dois fazem as pazes, mas há um problema maior com o qual se preocupar: os zumbis evoluíram e se adaptaram ao frio rigoroso. Agora são criaturas albinas, de pele grossa, cegas e com ouvidos extras, que não transmitem mais a doença através do sangue e do contato mas são hábeis caçadores. Eles capturam uma das criaturas e encontram outra sobrevivente que está grávida - não sem antes, é claro, atraírem mais criaturas para o refúgio onde vivem.
Esqueça atuações, embora Matthew Fox se esforce para dar alguma credibilidade a seu personagem, soterrado por barba e cabelo falso, ninguém convence. Revelações surgem do nada e levam a lugar nenhum. A personagem que entra se junta ao grupo, mas não se sabe quem é ela, nem porque ela está ali (ou PARA QUÊ está ali), caindo de para-quedas no meio da trama. Os cenários são falsos e os efeitos especiais porcarias de marca maior. As criaturas são cegas e caçam usando a audição, o que daria margem para a criação de sequências claustrofóbicas de arrepiar mas a incompetente direção é incapaz de criar um clima tenso e horror usando esses recursos. Ela expõe as criaturas a luz do dia facilmente, tirando qualquer sensação de mistério em torno delas. Ao menos a maquiagem se salva aqui e ali. Mas, diante do desastre, é muito pouco.
Cotação: 1/5