
Por Jason
“The Man Who Loved Yngve” se passa em novembro de 1989. O muro de Berlim colapsou e na cidade de Stavanger, Jarle Klepp, 17 anos, quer uma vida. Ruivo, feio, desengonçado, ele está cansado das aulas chatas e viagens entediantes. É nessa viagem que ele conhece um amigo e uma menina, Katrine, por quem se apaixona. Com esse amigo, eles resolvem formar uma banda de punk rock, a Mattias Rust Band, e querem conquistar o mundo, embora não tenham nem idade para entrar em um show e o som ainda não esteja afinado. A banda ensaia muito para um festival e Jarle compõe uma música para Katrine. Tudo ia bem entre eles, até que surge na classe da escola um novo aluno, Yngve.
Yngve é diferente dos outros, não se envolve com ninguém ,passa o tempo mais afastado, sozinho e estudando em casa. Pratica tênis, e é mal visto pelo amigo de Jarle. Mas Jarle se aproxima dele, descobre seu gosto musical e nasce daí uma amizade. Yngve o convida a aprender a jogar tênis e Jarle demonstra estar confuso com a relação que tem com o rapaz. Os dois começam a passar mais tempo juntos e Jarle se afasta do grupo e dos ensaios da banda, causando a maior confusão e crises de ciúmes nos outros integrantes. Carente e infeliz, dividido entre a sua banda e o que sente por Yngve, Jarle pega a música que fez para Katrine e entrega a ele, como um presente. Depois, passa a beber e a usar maconha e o ápice da relação dos dois é uma briga em que Jarle o humilha em uma festa por causa da referida música - mesmo que ainda ele consiga se declarar estar apaixonado por ele. Ao final, Yngve, internado como doente em um hospital psiquiátrico, recebe a visita de Jarle. Se os dois ficarão juntos, só o futuro dirá.
O filme é até bem atuado, enérgico, e os jovens seguram a onda do começo ao fim, mas há nítidos problemas de roteiro. A mãe perdeu o emprego e Jarle tem pais separados e problemáticos, mas isso pouco importa dentro da trama, que atropela qualquer tipo de construção desses personagens coadjuvantes. Sobre a família de Yngve, pouco importa no fim das contas - a mãe aparece uma ou duas vezes. Sem um foco, dilemas morais, sexuais ou qualquer coisa que aconteça na idade dos rapazes são sabotados. A personagem Katrine é apenas o interesse amoroso de Jarle e pouco tem a fazer, já que o filme está muito mais preocupado em valorizar a trilha sonora, que fica por conta de The Cure, Joy Division, REM, Japan, Jesus and Mary Chain e entre outros - mesmo que ela nem sempre seja bem utilizada. Dentro do gênero, vale como curiosidade.
Cotação: 2/5
O filme é até bem atuado, enérgico, e os jovens seguram a onda do começo ao fim, mas há nítidos problemas de roteiro. A mãe perdeu o emprego e Jarle tem pais separados e problemáticos, mas isso pouco importa dentro da trama, que atropela qualquer tipo de construção desses personagens coadjuvantes. Sobre a família de Yngve, pouco importa no fim das contas - a mãe aparece uma ou duas vezes. Sem um foco, dilemas morais, sexuais ou qualquer coisa que aconteça na idade dos rapazes são sabotados. A personagem Katrine é apenas o interesse amoroso de Jarle e pouco tem a fazer, já que o filme está muito mais preocupado em valorizar a trilha sonora, que fica por conta de The Cure, Joy Division, REM, Japan, Jesus and Mary Chain e entre outros - mesmo que ela nem sempre seja bem utilizada. Dentro do gênero, vale como curiosidade.
Cotação: 2/5